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Existe todo tipo de radical. Existem os radicais do ambientalismo e os da poluição, os radicais religiosos e os ateus – Richard Dawkins é tão ruim quanto um Aiatolá Khomeini -, os radicais da palavra e os do silêncio.
O radicalismo é ruim, porque ele nos leva a extremos. Extremos tão longínquos que não conseguimos sair de lá, não podemos, não queremos. Ele nos faz pensar as coisas unilateralmente, maniqueisticamente, quase inumanamente. As coisas têm de ser “assim” pra produzirem certos efeitos. O radicalismo é uma ideologia prática.
O radicalismo é bom, porque ele nos leva a extremos, e, assim, nos faz descobrir coisas novas sobre o mundo e sobre nós mesmos. Mas deve ser passageiro, transitório, como um ápice que se atinge e após o qual vai-se ladeira abaixo.
Não seja morno, que eu te vomito, são as palavras, mas não seja também radical, nem anti-radical tampouco. Encontre o equilíbrio. Tente um extremo, tente o outro, descubra o caminho do meio, a estrada, em linha reta, que está entre os dois, e que leva, de fato, ao destino.
Contradição, contradições, o homem é feito delas, o mundo é. Não pergunte.
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Um comentário:
Eu gostei deste texto.
Sem mais.
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