terça-feira, 22 de julho de 2008

Pílulas Cinematográficas, Edição 2

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Resolvi fazer mais uma edição das “Pílulas Cinematográficas”, e talvez seja a primeira de muitas. Quando eu tive algo de mais substancioso para dizer sobre um filme, faço a crítica. Senão, um comentário como os que vão abaixo já está de bom tamanho

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Patton, Rebelde ou Herói? (Patton, Franklin J. Schaffner, 1970): Do mesmo diretor de Planeta dos Macacos, é um pequeno épico pessoal divertido e emocionante. É um retrato do General dos EUA George Patton (interpretado por um brilhante George C. Scott) em duas peripécias durante a Segunda Guerra Mundial. Ele acreditava em reencarnação, e que havia lutado nas Guerras Napoleônicas, Púnicas e em muitas outras. Escrevia poesia, mas falava palavrões a rodo e sempre dizia o que pensava. Isso acabou lhe causando muitos problemas, apesar de sua imensa habilidade em disciplinar soldados e no combate. Amava a guerra (e pedia perdão a Deus por isso), e com isso era ele próprio (como é muito bem mostrado no filme) a imagem e semelhança de seu país, que adora estar em combate e venera os vencedores, ao mesmo tempo em que despreza os covardes e os perdedores.

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Kundun (Idem, Martin Scorsese, 1997): O protagonista desse filme é o exato oposto do anterior: ama a paz e pratica a não-violência. Trata-se da biografia do 14º (e atual) dalai-lama, desde a infância até o exílio, fugindo de um Tibete invadido, violentado e desfigurado pela China comunista. Foi feito há mais de dez anos, mas está mais atual do que nunca. Deveria ser passado em todas as escolas e emissoras de televisão do mundo inteiro, como uma lembrança de que nem o progresso, nem a educação, nem a saúde, nem a igualdade e nem o espírito olímpico são justificativas para o genocídio.

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Amarcord (Idem, Federico Fellini, 1973): Uma das maiores obras-primas do cineasta italiano (e olha que ele tem várias). Um desses filmes deliciosamente divertidos sobre a infância e a memória, cheio de cenas antológicas e das bizarrices típicas de Fellini. Também tem um lado extremamente melancólico, mas está tudo equilibrado de uma maneira perfeita, indicador da maestria do diretor e de seu domínio da linguagem cinematográfica.

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