Grande exemplo disso é o clássico Golpe de Mestre. Ganhador de sete Oscar em 1974, é um exemplo de como costumava ser um bom filme antigamente. Não é grandioso, não é experimental, não é pesado, não é difícil. Pelo contrário. Repetindo a parceria de Butch Cassidy, o diretor George Roy Hill faz, com Robert Redford e Paul Newman, um filme divertido e ágil.
A história é a seguinte: o vigarista Johnny Hooker, após inadvertidamente dar um golpe em um mafioso, vê seu tutor e amigo ser assassinado pelos capangas do vilão, e decide se vingar, aplicando um “grande golpe” no capo. Para tanto, se alia a Henry Gondorff, grande golpista que se encontrava foragido na casa de uma cortesã.
No desenrolar do filme, temos grandes atuações, a música é extremamente marcante e outros fatores que fazem de um filme um bom filme também funcionam perfeitamente. Mas é o roteiro que, definitivamente, faz a diferença. Na esmagadora maioria dos filmes atuais, os problemas relacionados ao roteiro são justamente os que se empilham nas críticas a esses filmes: falta de criatividade na concepção e desenvolvimento da história; diálogos horríveis; personagens forçados, caricatos; furos no desenrolar da história; et cetera ad aeternum.
Enquanto bastaria ter uma história criativa, com personagens carismáticos, diálogos inteligentes, e COERÊNCIA para que o filme fosse no mínimo “bom”. Golpe de Mestre é um clássico do cinema. Os filmes ruins de hoje são esquecidos no dia seguinte e nem dão muito dinheiro. Vamos ver se “eles” aprendem.
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