domingo, 17 de fevereiro de 2008

Dissertação 1.1

Pois é Ana, na verdade fugiu bastaaante do tema. Agora, nesse upgrade, mantém-se o discurso, mas ele está mais conciso e direto. E igualmente ruim. u.u

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Segundo a ginecologista Albertina Duarte Takiuti – coordenadora do programa Saúde do Adolescente, da Secretaria de Estado da Saúde, especialista sobre gravidez na adolescência – o hábito juvenil de “ficar” é a principal causa dos crescentes índices de prenhez precoce. De acordo com a doutora, tal situação não se deve à falta de informação. Se assim fosse, como explicar que 40% das adolescentes que tiveram um filho voltem a engravidar dentro de três anos? Afinal, elas não só foram informadas como sentiram na pele essa “informação”.

A questão é que o “ficar”, por suas características, é causa primordial do problema da gravidez precoce, mas também sintoma do mundo atual. É uma relação rápida, fácil e inconseqüente. Se conhece uma outra pessoa, e segundos depois já se está beijando-a, sem saber se ela tem alguma doença, por exemplo. Além disso, não há nenhuma necessidade de continuidade na relação. Ela é momentânea, desconexa de qualquer passado ou futuro. E de beijar um desconhecido a fazer sexo com um, não é preciso muito.

A esses fatores, herança ruim da Revolução Cultural que aconteceu a partir dos anos 60, somaram-se outros. Se antes mesmo dar as mãos já era um atrevimento, hoje tudo é permitido. O problema é que a “liberdade” foi confundida com “anarquia” sexual, e também com ausência de responsabilidade. A falta de compromisso com o outro levou a falta de compromisso consigo mesmo.

Debalde, muitos tentaram criar uma consciência sobre isso, mas eram, em sua maioria – ainda são na verdade -, levados por um ímpeto conservador, retrógrado, e não construtivo, o que levou os anarquistas sexuais a rechaçá-los. Assim, a indiferença pelas conseqüências, que em grande medida é o sentimento motor do ficar, se espalhou ainda mais.

Com isso, acabamos em um cenário preocupante de DST’s – lentamente revertido pela pungência do “mundo real” adulto – e com o aumento aterrador da gravidez adolescente, efeito colateral da “ética da indiferença” da sociedade ocidental atual.

Um comentário:

Anônimo disse...

Agora tá de acordo com o tema! hahahuha
Realmente não é fácil escrever sobre isso.
Vai tirar 10! =D