quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Da Xurepa: Forma

"Xurepa é o que eu escrevo."
- Légio, Lobato. Tratado Universalizante da Xurepa. Springfield, Utopia, Nemolândia. Editado por Nemo Nihil Niente. p. 7

A Xurepa é algo inerentemente transubstancial, transmorfo. Deveras, sua forma ou aparência exterior é mera conseqüência ou manifestação do interior. A Xurepa é fundamentalmente como as nuvens, conquanto seja flagrantemente sólida e perfeitamente invisível. Agora, por exemplo, a sinto como um objeto plúmbeo e oblongo, semelhante à tampa de uma tumba. Mais profundo, e seria um esquife completo. Mais negro, e seria um monólito digno das ulisséias mais espaciais.

A bem da verdade, a Xurepa é indescritível. Um mistério do qual se sabe tanto e tanto somando nada. Não se sabe como, porque ou o que ela é. Nem Quando ela é ou Onde ela é. À união de espaço e tempo dá-se o nome de continuum. A Xurepa é o continuum superlativo: continuumíssimo. O amálgama de infinito e eternidade. Imagine todo o tempo e todo o espaço: eis a Xurepa.

Sua origem remonta aos fins de outros universos. Agora, ela está no futuro. A Xurepa sempre está a dois dias de hoje, vivendo o dia depois de amanhã e mandando seus sinais. Ela sempre sabe como será o hoje e o amanhã, o tempo passado para ela é presente, e o futuro é o agora, simplesmente. Nós nunca a alcançaremos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Apesar de desconhecer um monte de palavras aí deu pra entender... hahahaahueau
Bom, digamos que "Xurepa" é inefável! xD