segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Os 10 melhores cineastas chamados John

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Listas e tops são, na quase totalidade das vezes, arbitrários. Excetuando-se as ocasiões em que um dado concreto é utilizado (por exemplo a bilheteria), os critérios utilizados para a formação de uma lista dependem sempre exclusivamente da vontade de quem a monta. Eu particularmente adoro listas – lê-las e fazê-las -, mas as encaro mais como uma fonte de referência do que como um ranking de fato, que diz que a é melhor que b (embora, quando eu monte algumas listas, de fato elenque os itens em ordem de preferência, o faço com um critério puramente pessoal). Assim, a lista de hoje reúne diretores de cinema segundo um critério muito simples – e talvez um pouco inusitado, mas aceitável -: todos se chamam John. Não há Jean, Joe, James ou Jack, somente os John's são aceitos. A partir daí, segundo a importância e relevância do cinema de cada um, os elenquei numa determinada ordem. Mas, ainda assim, o objetivo dessa lista é somente servir de referência para os interessados em ver filmes de algum sujeito chamado John. Que assim seja.

1. John Ford: Ele era os três diretores de cinema favoritos de Orson Welles, e favorito também de Scorsese, Kurosawa, Bertolucci, Sergio Leone e Clint Eastwood, Godard, Truffaut e seus companheiros da nouvelle vague, entre outros. Ele podia esnobar o Cinemascope dizendo que este só servia pra filmar cobras e enterros. Ele inaugurou o western com Nos Tempos das Diligências e o levou a seu ápice em Rastros de Ódio. Ganhou 4 vezes o Oscar de melhor diretor, um recorde até hoje. É o Grande Diretor do Cinema Americano, e foi agente fundamental da fundação desse mito. Um ícone do século XX.

Principais obras: No Tempo das Diligências, Rastros de Ódio, O Homem que Matou o Facínora, Como Era Verde o Meu Vale, Vinhas da Ira, Depois do Vendaval.

2. John Huston: Mestre do noir, esteve, como diretor ou ator, em alguns dos maiores filmes do gênero. Dirigiu o símbolo do noir O Falcão Maltês (chamado antigamente de Relíquia Macabra) e atuou em Chinatown. Ganhou o Oscar de melhor diretor por O Tesouro de Sierra Madre e ainda teve a manha de dirigir o último filme de dois dos maiores ícones do cinema (Clark Gable e Marilyn Monroe, em Os Desajustados) e um filme com o Pelé (Fuga para a Vitória).

Principais obras: O Falcão Maltês (Relíquia Macabra), O Tesouro de Sierra Madre, Moby Dick, Os Desajustados, O Segredo das Jóias, A Honra do Poderoso Prizzi .

3. John Cassavetes: Pai do cinema independente americano, tinha um estilo artesanal e único de fazer cinema. Seus filmes sempre deram lugar ao sentimento, ao sutil, ao humano. Também ficou famoso por suas atuações em O Bebê de Rosemary e Os 12 Condenados.

Principais obras: Faces, Sombras, Uma Mulher Sob Influência, Noite de Estréia.

4. John Carpenter: Mestre do horror e da ficção científica, tornou-se cult a partir de filmes com jeitão trash. As eternas reprises na Sessão da Tarde ajudaram a tornar seus filmes famosos aqui no Brasil, mas os comentários sobre a nossa sociedade e o nosso mundo presentes em seus filmes contribuíram definitivamente para eternizá-lo.

Principais obras: Eles Vivem, O Enigma do Outro Mundo, Halloween, Fuga de Nova York, Os Aventureiros do Bairro Proibido, A Névoa.

5. John Lasseter: Grande guru da Pixar, é um dos principais realizadores de animação em 3D, e um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento dessa forma de arte nos últimos anos. Após a compra da Pixar pela Disney, tornou-se chefe de criação da primeira e supervisor de criação na segunda.

Principais obras: Toy Story 1 e 2, Vida de Inseto, Carros

6. John Boorman: Inglês radicado na Irlanda, Boorman trabalhou com atores do porte de Toshiro Mifune e Marcello Mastroianni e ganhou duas vezes o prêmio de melhor diretor no festival de Cannes.

Principais obras: Inferno no Pacífico, Amargo Pesadelo, Excalibur, Esperança e Glória, O General.

7. John Waters: Tem como objetivo de vida transgredir todos os limites, e por isso fez um dos filmes mais perturbadores de todos os tempos, Pink Flamingos, uma reunião das pessoas mais sórdidas do mundo. Acabou se tornando ídolo da contra-cultura.

Principais obras: Pink Flamingos, Hairspray (1988).

8. John Hughes: Ídolo dos adolescentes dos anos 80, Hughes dirigiu os maiores clássicos da Sessão da Tarde de todos os tempos, entre eles Curtindo a Vida Adoidado, o filme que lançou Matthew Broderick para o estrelato.

Principais obras: Clube dos Cinco, Curtindo a Vida Adoidado, Mulher Nota 1000

9. John Frankenheimer: Mais ilustre por sua contribuição para a Era de Ouro da televisão no EUA (ganhou o Emmy diversas vezes), Frankenheimer se destaca no cinema por seus thrillers políticos e filmes de ação cheios de tensão, com personagens prestes a explodir e situações eletrizantes.

Principais obras: Sob o Domínio do Mal, Ronin, Sete Dias de Maio, O Trem.

10. John Landis: Mais chegado à comédia, trafegava sempre por um humor mais negro, às vezes descambando até para o horror.

Principais obras: Um Lobisomem Americano em Londres, Os Irmãos Cara-de-Pau, Clube dos Cafajestes.
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2 comentários:

João G. Viana/Pudim disse...

E nao tem Joao, Juan, Giovani ou Ivan?

Anônimo disse...

John Hughes fez o maior clássico da minha adolescência: "Curtindo a Vida Adoidado".

Save Ferris!