terça-feira, 14 de outubro de 2008

Music seems to help the Pain #3 - Diário de Bordo






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por Rodrigo Ciampi

Adianto-lhes que a coluna de hoje novamente será de cunho pessoal, o império do empirismo reinará neste humilde texto que vos seguirá. Relatarei novamente como feito no primeiro post, onde contei minha proximidade à musica, mais uma passagem inesquecível para mim, que talvez lhes acrescente um pouco sobre o tema . Para aqueles que esperavam o tema que prometi desenvolver, não taquem-me pedras, o tema gera polêmicas demais, devido ao número “massacrante de inveracidade” dos fatos; outrossim é inviável também analisar caso a caso para a comprovação de cada um, por isto, decidi abandonar a idéia que me geraria muito trabalho, pelo menos por hora.
Enfim,não prolongarei mais um discursos fastidioso, pois não sou Fidel Castro, e não sendo... ok, parei.

Ainda estou em momento de êxtase, movido a uma euforia sem precedentes, por poder ter realizado o sonho de anos, que era há alguns anos atrás irrealizável . Eu pude acompanhar intensamente a vinda de Toshimitsu Deyama, ou o Toshi, ao Brazil. Eis que surgirá a pergunta: QUEM DIABOS É TOSHI? Se esta pergunta calhou em sua mente, eis que farei então uma ressalva contando de forma sucinta um pouco sobre Toshi.

Antes de falar de Toshi, contarei-lhes sobre o X Japan, a banda onde o vocalista concretizou uma carreira brilhante, anos de glória, curtiu por anos também a vida de “rockstar” e deixou com certeza uma marca na história do rock japonês, ou mais ousadamente, do rock mundial. O X Japan foi formado em 1982, pelos amigos Yoshiki e Toshi, em Tóquio. A banda que já foi chamada de NOISE, e depois de apenas X, se concretizou após anos com a formação geniosa de Hide e Pata nas guitarras, Taiji (depois Heath) no baixo, Yoshiki comandando o piano e a bateria da banda, e Toshi nos vocais. A banda tem uma importância tão grande para o rock japonês que é tida como inventora do J-Rock. Influenciado por vertentes do heavy metal, do hard rock, e do glam rock, o X criou um estilo muito próprio, chamado de Visual Kei. Com o visual pesado, ao moldes do KISS, o X Japan logo chamou atenção. Quem eram os garotos que usavam saltos plataformas e faziam um som tão diferente?

De 1982 a 1997, a banda viveu apenas ótimos momentos. Infelizmente, nunca chegaram a sair de Tóquio para um show oficial como banda integra, mas o som do X já era ouvido pelo mundo inteiro, e o sucesso do Visual Kei já tinha chegado às Américas, inclusive ao Brasil.

Em 1997, como uma fenda no tempo, Toshi anuncia sua saída da banda, por não concordar com o estilo da banda, e que sua música é totalmente diferente da linha do X Japan. Existe uma grande suspeita que Toshi sofreu na verdade uma lavagem cerebral por uma seita chamado Masaya, e o guru desta seita, de mesmo nome, convenceu-o que o cantor era apenas um boneco do X. Toshi chegou a declarar que tinha vergonha de seu passado, e que as roupas que usava eram “ridículas” . Para isso realizaram um mega show no TokyoDome chamado “Last Live”. O show foi realizado no Natal, e simplesmente paralisou o Japão por alguns dias, afinal aquele era o fim de toda uma história, uma glória.

Em 1998, o virtuoso Hideto Matsumoto, ou hide (sempre em minúscula, a pedido do próprio guitarrista) faleceu de um infeliz acidente, que na época foi vinculado pela mídia como suicídio do guitarrista; mito este já desmistificado, comprovando então, de fato, que um acidente após mais uma noite alcoolizado levou o mestre das cordas para os céus.

No inicio deste ano, mais precisamente em março, o X se apresentou novamente após mais de uma década, no mesmo TokyoDome, palco do “Last Live”, numa apresentação fantástica, segundo a mídia. Agora o X ensaia uma turnê, e o Brasil, sim o Brasil, está entre os possíveis países onde a turnê deverá passar.

Falemos um pouco então de Toshimitsu Deyama, o Toshi. O garoto, que usava roupas extravagantes, sempre foi muito tímido e calado; Yoshiki, seu melhor amigo desde os tempos de infância, teve de lidar com essa timidez do amigo, que era apenas uma pessoa normal, mas que quando cantava, encantava com sua potente voz, que alcançava 3 oitavas. Em 2008, Toshi retornou com a música, e formou sua banda “Toshi with T-earth” um som dissemelhante que propõem um novo estilo de música: o Eco Hard Rock, músicas com o intuito da conscientização ambiental, com mensagens a favor do meio-ambiente e alertas do que pode estar por vir. E foi com esta banda que Toshi viajou pela primeira vez ao Brasil, dando inicio, então, ao meu diário de bordo.

O show estava marcado para as 16:00 do dia 12 de Outubro, e não precipitei em aceitar o convite de estar na fila no dia 11, um dia antes do grande dia, afinal, iria ver ao vivo Toshi. Então, às 9 horas da manhã parti de Campinas. Por volta do meio-dia, cheguei a São Paulo, em uma temperatura amena para a Terra da Garoa. Galeria do Rock, Liberdade, Av. Paulista, Rua Augusta, Consolação, pontos chaves da tarde mais longa de toda a minha vida. Após 2 metrôs, ônibus, táxi, caminhada, eis que cheguei, às 19h00 no HSBC Hall (antigo Tom Brasil) localizado na Rua Bragança Paulista, para aguardar ansiosamente o show que aconteceria quase 24 horas depois. Obviamente, fomos os primeiros da fila (tomei a liberdade de às vezes colocar-me em 1ª pessoa do plural, afinal não estava sozinho, e sim muito bem acompanhado). Logo que chegamos, fizemos amizade com o segurança do local, Soares, que não acreditava que tínhamos chegado tanto tempo antes para aquele que era um mero “CANTORZINHO JAPONES” em sua visão. Por volta de meia-noite, chegam mais 2 pessoas, um casal muito simpático por sinal, que rendeu-nos horas de conversa. A noite seguiu, e por volta das 5 horas da manhã, quando completávamos as primeiras 10 horas de fila, e as estrelas já se despediam, mais 3 fãs juntaram-se ao grupo que agora já somavam 8. Começava a clarear, os primeiros princípios de luz do dia traziam mais ansiedade, dali pra frente, as horas caminhavam gradativamente mais lentas, a sensação que sentíamos era que quanto mais perto estávamos do show, mais longe ele parecia estar; como um peregrino que percorre um sol escaldante do deserto e não vê outra saída a não ser andar, a nossa era esperar, esperar ansiosamente...

E é isso que você, o leitor fará até semana que vem, aguardar e aguardar. Prometo na semana que vem terminar de contar aquilo que pude sentir em cada momento e cada segundo. Peço perdão novamente àqueles que pouco se interessam por isto, todavia, se a falta de interesse domina seu ser, o X, além da banda que tanto falei neste post, também localizado ali no canto superior de sua tela está apenas te aguardando, se lhe convir clicá-lo. Até semana que vem!
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4 comentários:

Unknown disse...

bom, pelo menos eu consegui agora saber mais de como foi a tua super hiper mega master foda ida a são paulo *-*
eu entendo como é ir a um show de uma banda que a gente gosta, entendo mesmo... eu ainda estou meio eufórica. Ahaha, enfim, fico feliz de que eles tenham vindo pra cá rodigo e que você tenha curtido! :')

~ Lurya. disse...

eu não conhecia nem o cara e nunca lí nem ouví muito sobre j-rock
não é minha praia, mas de certa forma, influencia em algo que eu ouço.
anyway, tá bacana véi, só que..
cortou no climax u.ú

darth vagabundo
hdfiuh slufihgsdihfg

:*
/diose

Anônimo disse...

ah, de fato você escreve muito bem.
eu fiquei até interessada no assunto e fui escutar umas musicas dele, hahah;

Serena; disse...

hahahaha, que almejo pelo ínicio do show mey! c: