sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Battles - Mirrored - 2007

Eu sou um cara razoavelmente eclético pra música. Se a música for boa, aceito tudo. MPB, Rock’n’Roll de todos os tipos, Blues, Jazz, Música Clássica, Folclórica, até Disco, Soul e afins. Enfim, tudo do bom e do melhor. Entretanto, como Marcelo Nova, eu penso um pouco que o “futuro” da música está no “passado” da mesma. Não vejo nada muito promissor no sentido de ser absoluto. Até porque, nos nossos tempos, criou-se a tal “cauda longa” e tudo, tudo mesmo, tem seu espaço. Nunca mais veremos um fenômeno como os Beatles. Agora é cada um em seu nicho e bola pra frente.

Entretanto, recentemente descobri uma banda que, a cada vez que eu ouço, tenho mais certeza de que se trata do futuro. Tal banda se trata dos Battles, cujo único CD, Mirrored, de 2007, é em uma única palavra espetacular. Eles são o principal expoente do math rock atual. Estilo calcado em experimentações e numa forma de fazer música arrojada e sofisticada, com influências tão distintas (até mesmo opostas) quanto Punk e Prog, o math rock também carrega na bagagem de influências artistas experimentais como os Beatles, Frank Zappa, e toda a “corja” do Prog setentista. Entretanto, ao contrário de muitas bandas (a maioria), que apesar de fazer um som interessante (muitas bandas atuais são assim) não são realmente inovadoras, o Battles é “diferente de tudo que você já ouviu, e tudo que você ouve deles é espetacular.”

Reconheço, meu conhecimento de math rock se restringe a eles, e ao seu único CD. O movimento inclui entre seus expoentes inclusive uma tal Vanguarda São Paulo, ao que parece bastante respeitada no “meio”. Pretendo ir atrás de ouvi-los logo, mas não posso falar por eles. Não sei dizer se o math rock, ou o post rock, é o estilo musical do futuro, mas sei dizer que Battles está no caminho certo. Por que a música deles é futurista? Não, nada tão primário, e sim porque ela é diferente, é interessante, é correta. Você sente que eles sabem aonde querem chegar com suas músicas, que as coisas são bem construídas, e que tudo aquilo dá incrivelmente certo junto. Esperemos agora com os ouvidos abertos por mais CDs. Afinal, o futuro mesmo, só saberemos quando chegarmos lá.

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