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Escrevi isso se não me engano em 2006, talvez 2005. De toda minha antiga "produção" "poética", é talvez a menos execrável. Fiz uma alteração somente na quarta estrofe, substituindo os três últimos versos - os anteriores não faziam o menor sentido. Achei que ficou aceitável, mas talvez seja só condescendência nostálgica.
Flop, flop, flop.
Voa o passarinho!
Saindo de seu ninho,
O mundo viajar.
Flop, flop, flop.
Asas sobre o vento,
Sobre o tormento:
Seu outro-eu achar.
Voa, voa, bate as
asas da ternura.
Voa, voa, superando
as agruras.
Cede, vive, morre.
Dia após dia as nuvens passam,
O vento sopra, o sol brilha.
Corre, passarinho, corre.
Persiste, vive, insiste,
Comendo só alpiste,
Contando um causo, chiste
E forte ele resiste.
Pobre passarinho!
Nas asas da tormenta,
No olho do furacão,
Comida com pimenta.
Forte, forte, quente,
Sobrevive cruelmente.
Voando, voando, sempre,
Tal qual o seu tenente.
Nem é mais passarinho,
Ou outra ave no céu:
Humanos em seu ninho
Envoltos por um véu.
Ainda que de má
Qualidade a vivência,
Não permita que o mundo
Te faça bater continência.
Voe, voe, meu amigo,
Saia de sua caixa.
Pois se é árdua a missão
A tristeza só abaixa.
(Saia de seu umbigo.)
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2 comentários:
Gostei muito das últimas duas estrofes!Me identifiquei...me identifico com qualquer coisa que tenha asas...^^
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